Felizmente temos, mesmo no Brasil, um sem-número de opções de compras no mercado automotivo. É bom saber que os carros não são genéricos, existe uma quantidade tão enorme de segmentos. Por exemplo, a BMW e seu crossover X6, que, segundo ela, é um cupê-utilitário esportivo, ou algo assim. Não sei como o carro anda, aliás nem tenho idade para dirigir, mas só de olhar fico assustado. Está longe de ser bonito. Independentemente disso, a tendência para o futuro é que, a cada dia, novos segmentos sejam criados. Não existe cupê de quatro portas (Mercedes-Benz CLS)? Então.
Aí eu chego nos crossovers. No sentido literal da palavra, crossover seria qualquer automóvel que mesclasse características de dois ou mais segmentos distintos; nesse caso, por conseguinte, um CLS, assim como também um Porsche Panamera, seriam crossovers. Com o passar do tempo, entretanto, a conotação de crossover tem abrangido apenas automóveis produzidos a partir de plataformas de carros de passeio com características de SUVs e/ou minivans. São os chamados CUVs (crossover utility vehicles). Por exemplo, o Nissan Murano, Subaru Tribeca e Ford Edge. Sendo assim, o CLS e o Panamera não são crossovers, são apenas... cupês de quatro portas. Justamente por isso, pela limitação do conceito de crossovers, novos segmentos estão sendo criados.
É importante, contudo, diferenciar crossovers de carros de nicho. Crossovers, no sentido literal, são misturas de segmentos (apesar da deturpação desse conceito nos dias de hoje); carros de nicho têm, no entanto, segmentos definidos. Essa é a principal diferença. Um Volvo C30 é um carro de nicho, mas não deixa de ser um hatch. Outra diferença é que um carro de nicho agrada essencialmente um número muito pequeno de consumidores, que querem algo exclusivo e que priorizam o design acima de tudo. Crossovers, não: ao unirem características de dois ou mais segmentos, fazem de tudo para agradar a um público maior.
Sempre fui fã de crossovers - e dessa vez falo do sentido consagrado da palavra (plataforma de carros de passeio com características de SUV e/ou minivans). Permitem um modo de condução mais esportivo que os SUVs e principalmente as minivans nem de longe oferecem, mas ainda sim são práticos e oferecem um posto de condução mais alto.
É isso aí. E ainda aproveito para parabenizar à indústria automotiva pela criatividade e por atender os anseios dos consumidores: eles querem se diferenciar, se destacar. E pouco a pouco, as montadoras promovem o retorno de seus desejos.
(P.S.: o texto está claro? Será que consegui explicar bem que antes o termo crossover abrangia a fusão de vários segmentos, mas hoje só corresponde a carros como o Nissan Murano [foto]?)
3 comentários:
- At 20 de janeiro de 2009 às 17:07 Anônimo said...
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Um tipo de carroceria que eu adoraria ver é o de picapes derivadas de carros médios! Strada vem do Palio, Montana do Corsa, Saveiro do Gol... Gostaria de ver picapes vindas de Corolla, Focus, Vectra. Imagine só uma do CIVIC!!!
Na Austrália tem picape vinda do Omega!!!
Não gosto de nossas picapes médias. NENHUMA! Hilux, S-10, Frontier, Ranger, L200. - At 21 de janeiro de 2009 às 14:54 Ricardo Paes de Barros said...
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Das picapes médias, adoro a Hilux. É o tipo de picape que dá vontade de comprar, mesmo sendo cara pelo que oferece e enorme que nem uma jamanta. A Frontier é legal, a L200Triton também, o resto eu ignoro.
- At 21 de janeiro de 2009 às 18:37 Anônimo said...
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Explicar o que é crossover você explicou bem, mas particularmente não sou fã desse tipo de carro.
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