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Abrasileirando carros mundiais



Existe um enorme sentimento de revolta de qualquer interessado da indústria automotiva brasileira no sentido de que as montadoras, seja por falta de interesse, dinheiro ou total falta de respeito para com o consumidor, promovem re-estilizações mal-feitas de nossos carros, com o intuito de “enganar” o consumidor, atestando que são modelos totalmente novos. Por exemplo, o novo Peugeot 207. Todos sabem que é um 206, o mesmo lançado em 1998, com a frente igual ao do seu substituto europeu, o próprio 207. Era só ver nos comentários de fóruns, em comunidades no Orkut, as reclamações: “isso é um absurdo, tentar vender gato por lebre! A Peugeot está vendendo um 206 com o nome do 207!” e qualquer coisa parecida. Imaginei, portanto, que o 207 não venderia bem. Estava enganado. Ele está indo muito bem, aliás, como se pode ver no ranking da Fenabrave. E, agora, já estou simpatizando com ele: não é feio, não é um carro ruim.
Vamos analisar, agora, o caso da Peugeot. Ela decidiu utilizar a base de seu modelo mundial, lançado por aqui logo após seu lançamento na Europa, para atualizar o 206 e mantê-lo competitivo. Imaginou que, colocando a frente do 207 europeu e seu nome, daria certo. E, como já disse, deu. Muitos queriam que ela fabricasse aqui o 207 europeu, mas alguns estudos afirmaram que o carro chegaria custando mais de 65 mil reais, o que na prática é mais ou menos um 307 top de linha (um 207 brasileiro, hoje, parte de aproximadamente 40 mil reais), tornando-se inviável. Pense: um carro compacto a 65 mil reais venderia bem? Não mesmo. Então podemos dizer que a Peugeot acertou ao re-estilizar o 206, mantendo-o na mesma faixa de preço. Independentemente das críticas quanto à sua estratégia, pode-se perceber que ela estava certa, e o carro está vendendo de forma excelente.
Várias pessoas têm a tendência de criticar e questionar as estratégias das montadoras instaladas por aqui. Eu pessoalmente também gostaria de ter nas nossas ruas o 207 europeu, assim como qualquer outro similar do Velho Mundo (novo Corsa, Fiesta, Golf…), mas nosso mercado ainda não é totalmente desenvolvido. Não podemos dar passos maiores que as nossas pernas, temos que entender que as filiais brasileiras não têm tanto dinheiro quanto suas matrizes européis para ficar lançando automóveis novos a cada quatro anos, e é preciso seguir o ritmo natural das coisas. Mais cedo ou mais tarde, modelos iguais aos europeus virão. Assim como o Vectra de 1996, o Fiesta de 2002, o C3 de 2003, e o próprio 206 de 1998.

Na foto, o 207 brasileiro. Fala aí: não está tão ruim, né?

1 comentários:

At 27 de janeiro de 2009 às 11:36 Anônimo said...

Eu admiro muito os automóvies daqui!!! Todos!!! Tenho admiração por todos eles e vejo o motivo de cada umm ainda ser fabricado. Dificilmente me revolto com alguma coisa!

Axo a frente do nosso 207 mais bonita e bem resolvida q as 2 frentes do 207 europeu!!!

 

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